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mar sangrado

  • relatospoeasia
  • 15 de jul. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 13 de jan. de 2023

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas indígenas!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão adoeceram!

Quantas mulheres foram estupradas

Para que fosses europeu, ó mar! Adaptado de Fernando Pessoa, Mar Português, 1922. Imagem: Oscar Niemeyer, Mão, 1988. Escrito em: 15|07|2021

 
 
 

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