o outro, ep. 01 - gêneses
- relatospoeasia
- 17 de jul. de 2019
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Imaginemos um mundo dual. Um mundo com somente duas existências, que em uma dança não harmoniosa mistura seus dois elementos de forma indissociável, mas que mantém uma distância vital e sensível para ambos. Estes incansáveis dançarinos são o Eu e o Outro. Somados ao Mundo que os comportam e ao Intangível que comporta o mundo, estas quatro figuras são o Tudo¹.
Mesmo multifacetados e complexos, cada um dos nossos dançarinos apresenta em si questões particulares que interagem com seu par impelindo o desenrolar da dança.
Sobre o Eu falaremos depois, agora é um momento para o Outro.
O outro aquele que não é o Eu? Aquele que o Eu vê? Aquele que eu não reconheço como o Outro ou eu? Ou aquele que eu desconheço tanto como o Outro e eu? Pensemos aqui, de forma simplista, que o Outro é o não-Eu!
Se não é o Eu, eu não reconheço! Se não é o Eu, eu não respeito! Se não é o Eu, sinto medo! Se não é o Eu, eu afasto! Se não é o Eu, eu destruo! E nisso eu me formo e reformo.
A alteridade na e para a identidade. E em tudo isso o que é e como fica a empatia²?
¹ sobre o Nada, divagaremos futuramente, ou não...
² sobre empatia, reflita sozinh. Escrito em: 17|07|2019 Imagem: Wiliam Turner, Tempestade de Neve: Aníbal e o seu Exército a Atravessar os Alpes, 1812.



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